Querido Frankenstein...Infelizmente estou lhe escrevendo pra dizer que não dá mais não!
Nossa relação tornou-se um pouco confusa demais para minha cabeça.
Suas idéias são ótimas... adoro nossas conversas... adoro as fantasias... adoro quase tudo que vem com você... mas, quando o pé é de um, a mão do outro, a mordida do pernilongo de outro ainda e o cachorro de estimação é da "amiga", fica difícil (pelo menos pra mim) conseguir fazer de conta de que nada está acontecendo.
Você deveria ter dito, desde o princípio, que era fruto de uma situação transgênica.
Claro, algumas pessoas não se incomodam com isso.
Não sei te dizer se eu entraria nessa história sabendo dessa "situação", não sei mesmo, mas de qualquer forma já entraria avisado de que estaria pisando em terreno pantanoso.
Fico imaginando qual parte de mim você vai levar para a próxima etapa do seu caminho.
Realmente não acredito que tenha nada muito passível de virar "item de colecionador". Espero que leve um pouco de minha confusão... um pouco das borboletas do meu estômago... um pouco da vontade que tenho de ser alguém franco...
Espero que me devolvas um pouco da paz que eu tinha... um pouco da minha concentração... um pouco do meu bom humor... uns dois kilos também (afinal eu não estava precisando perder quatro!).
Não tome isso que escrevo como se estivesse lhe culpando de algo, afinal eu também aproveitei "das horas de descontração em que nos divertimos não pensando em nada a não ser na certeza que precisamos rir juntos, momentos maravilhosos de distração e carinho"... sim, eu também gostei... mas de quem mesmo? De qual parte sua que fui juntando em fotos, vídeos ou promessas? E nesse caso, a gente gosta da parte ou do todo?
Desculpe o tom melancólico da carta... mas depois do impacto inicial é como me encontro agora...
Se por acaso encontrar algum pedaço meu por aí... uma lasca do peito... um trincado da nuca... ou, quem sabe ainda, uma parte do cérebro... pode passar adiante... algumas coisas, depois de quebradas, é melhor aprendermos a conviver com elas assim mesmo... remendar é pior, muito pior.
A conversa por telefone, tantas vezes prometida, é bem vinda... nem que seja para servir de ponto final.
Como este, esboçado aqui!
Fique bem.
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