Coisas e Coisas
O ERRO DO PS
Na minha leitura, a lei do pluralismo e da não concentração dos meios de comunicação social, aprovada na Assembleia da República, rejeitada pelo presidente da República e em fila de espera para nova aprovação no Parlamento, não serve quando se detectam movimentos como a reestruturação do jornal
Público e a carta do "Jornalismo Escrito Pago" que agora publiquei. Ou como anteontem eu citava Paulo Querido sobre a próxima "vítima" das actividades digitais: a informática.
Não está em causa a concentração da propriedade, fraca e de pouco poder em Portugal (basta pensar na facilidade com que a Prisa comprou a TVI, ou nas actuais dificuldades da SIC, nos despedimentos da Controlinveste e, agora, nas mudanças do
Público), mas a alteração radical de paradigma. O pluralismo pode perder-se pelo simples desaparecimento dos media clássicos. Os sítios da internet, incluindo os blogues, não têm estruturas empresariais nem códigos éticos e deontológicos, não fazem investigação, não usam os princípios da acurácia (exactidão) e do contraditório e ainda não são modelos de negócio que empregam pessoas.
A meu ver, há um desfasamento total entre o que se legisla e o que nos já diz o presente. Quando acordarmos, na alegria de uma boa nova lei, o mundo está todo às avessas. Sem concentração da propriedade e sem pluralismo político.
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