Coisas e Coisas
Máquina de Conversas....
A: ...menos pela quantidade de ações e mais pela necessidade de que essas ações sejam realmente “criativas”.... se é que a gente pode classificar dessa forma...
B: Sério que a gente vai entrar nesse tipo de classificação?
A: Como assim?
B: O que é criativo para uns pode ser muito chato para os outros.
C: Concordo.
A: Ahhh, “criativa” no sentido de se distanciar do lugar comum.
C: Vendo por este ângulo...
D: eu estive lendo uma matéria de um filósofo francês...
E: Qual?
B: Ah sim, sempre são os franceses....
D:... ele falava um pouco sobre essa obsessão pelo novo . Eu, inclusive tive uma experiência, durante um workshop, em que a gente era OBRIGADO a criar algo NOVO...
B: ...como se tudo já não tivesse sido criado...
C: Concordo.
A: De qualquer forma, eu estava querendo falar sobre as ações...
D: ... e a discussão passou exatamente para esse ponto: O que é ser criativo hoje em dia? Se você for pegar o novo do Sarazac, por exemplo...
E: Tão deja vú!
A: As ações?
B: Tudo.
E: Sarazac?
B: Concordo.
A: ...mas existe algo nelas que me intriga. A construção delas. A ordenação. Pega o Ato sem palavras, por exemplo...
C: É lindo esse texto, né?
B: Beckett? Sério? Voltamos pro Beckett?
E: O que você tem contra o Beckett?
D: O problema é que as pessoas condicionam a leitura do Beckett com o pós-guerra. Se a gente for lê-lo com um olhar mais contemporâneo ...
A: As ações no ato sem palavras...
B: Uma obviedade, né? Na ausência das palavras? Como você vai querer comparar? Sobra o quê, minha gente?
D: Eu vi uma montagem do ato sem palavras... na verdade até auxiliei a construção do material teórico que dava embasamento ao trabalho... e o diretor chegou a uma encenação em que não havia nenhuma ação.... só ficou o texto, mesmo...
E: Acho que nunca li esse texto.
B: Um porre.
C: Concordo.
A: As ações no ato sem palavras...
C: Acho lindo... mas já tá meio porre...
A: As ações no ato sem palavras...
D: Eu inclusive fui armazenando materiais que justificavam a encenação. A gente criou um programa que explicava todas as escolhas...
E: Um manual.
B: Leia antes de ver a peça ou saia sem entender porra nenhuma.
C: Pior é que é assim mesmo.
A: Mas, as ações no ato sem palavras são...
E: Fez sucesso?
A: Então... e o Corinthians, hein?
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Por Uma EducaÇÃo Libertadora
Gonzaguinha – ÉÉ...a gente quer valer o nosso amor; a gente quer valer nosso suor; a gente quer valer o nosso humor; a gente quer do bom e do melhor; a gente quer carinho e atenção; a gente quer calor no coração; a gente quer suar mas de prazer;...
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Subida
(Três pessoas em uma escada. Um embaixo. Um no meio. Um no alto. Uma torneira aberta encharca o palco) A: Corre, corre... Não me atrasa B: Vai indo que eu te alcanço.C: Era o que dizia o jornal hoje?A: Não posso mais esperar...B: Só tragédia......
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...um Perdido!
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