Há 5 anos mal nos dávamos conta que aqueles videozinhos engraçados trocados por e-mail seriam o início de uma das maiores revoluções no mundo do entretenimento audiovisual.
De lá para cá, temos comunidades com centenas de milhares de internautas que se organizam para transmitir ao vivo programas de TV de todo o mundo, colocam tudo para download e ainda criam suas próprias versões das legendas em diversos idiomas. E de graça, para todos os internautas.
Esses internautas já formam uma audiência que não se limita a fronteiras geográficas ou a acordos entre emissoras e produtores de conteúdo. Ainda que seja um público pequeno comparado ao da televisão tradicional, essa audiência global consome séries, filmes e programas de TV ao mesmo tempo em que são transmitidos em qualquer país.
Sem imaginar que pode estar infringindo direitos autorais, cada pessoa faz a TV do seu jeito. Assiste ao programa que quiser e na hora mais conveniente. Programas que são produzidos por qualquer emissora, não importa o dia, o mês ou o ano que tenham ido ao ar.
"Com a internet, o que era ‘audiência’ se tornou ‘comunidade’; o que era ‘espectador’ virou ‘usuário", diz Silvio Meira, cientista chefe do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar).
Canais na web - As emissoras, produtoras e estúdios sabem disso e têm lançado portais de vídeo, com séries e filmes para servir esse espectador-internauta. Os exemplos mais bem sucedidos são o Hulu.com, o site da Fox e, no Brasil, o Terra TV e o Globo Vídeos.
A iniciativa tem dado muito certo. Nos Estados Unidos, de acordo com os últimos números da ComScore, de março, 77,8% dos internautas haviam assistido a 14,5 bilhões de vídeos no mês. Uma média de 5,5 horas de vídeos por usuário.
A audiência das séries e programas transmitidos no Terra TV também tem crescido muito. De acordo com Antonio Prada, diretor de conteúdo do Terra, este mês já foram exibidos de 50 milhões de vídeos, para mais de 7 milhões de visitantes.
As próprias emissoras brasileiras, como Globo, MTV, SBT, Band, Cultura, Fox, ESPN e Fiz.tv contam com uma boa oferta de conteúdo para a internet. Ainda há emissoras que transmitem apenas online, como AllTV (www.alltv.com.br), JustTV (www.justtv.com.br) e WTN (www.wtn.com.br).
"O que falta é a universalização da banda larga de alta velocidade. Quando todo mundo tiver 100 megabits por segundo, pouco vai importar se a TV tem 500 canais. Um garoto vai transmitir da sua webcam o campeonato de futebol de botão do colégio e vai ter gente assistindo do outro lado", completa Silvio Meira.(Fonte: Yahoo Notícias)