Coisas e Coisas


PRIMEIRAS PÁGINAS DO PÚBLICO

Saíu hoje o livro das primeiras páginas do jornal Público. São 300 páginas entre 1990 e 2003, custando €25.

Pela sua leitura - uma escolha entre as mais de cinco mil primeiras páginas já editados pelo jornal - consegue-se compreender a marcha dos acontecimentos mais marcantes dos anos recentes. O livro interessa a historiadores, a semiólogos, a sociólogos, a jornalistas. A queda do muro de Berlim, o 11 de Setembro, as vitórias políticas e desportivas, os Nóbeis, as mortes de figuras de grande notoriedade, os avanços da ciência, as chacinas e as guerras - tudo se encontra nessas páginas. Sem referir as embaladas em publicidade, como ocorreu algumas vezes.

Diz o director do jornal que a primeira página sofreu "alterações de forma e, por vezes, de estilo". Ele não diz, mas deve referir-se à transformação gráfica de 2001, que provocou muitas cartas de leitor, até o director entender que não se publicariam mais cartas de leitores contrários à remodelação. Aliás, não terá havido proporção entre as cartas de desagrado e as efectivamente publicadas face às poucas cartas de apoio.

Um pormenor curioso - que consta da informação prestada na última página impressa do livro - é a da digitalização dos jornais a partir de 2001. A qualidade de reprodução é muito melhor que a da reprodução dos anos anteriores - com base nos jornais impressos. Absorvidos no quotidiano, não nos damos conta das transformações dos jornais - e dos outros media. Interessante ainda o facto de, no cabeçalho do jornal, se ter abandonado a indicação da morada física do periódico para passar a existir o endereço electrónico.

Por último, destaco o peso das metareferências dos media. Ainda no domingo, com a edição do Diário de Notícias, foi distribuído um CD com sons da TSF, agora que passam 16 anos de actividade da estação de rádio. As auto-promoções passam também por esta área. Trata-se, num caso como noutro, de magníficos instrumentos de trabalho, que interessam sobremaneira aos investigadores.



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